Concordância verbal: casos de sujeito composto

Regras específicas demarcam os casos de concordância verbal relacionada a sujeito composto
Regras específicas demarcam os casos de concordância verbal relacionada a sujeito composto

Seja na oralidade, seja na linguagem escrita, as mensagens que proferimos precisam ser dotadas de clareza, precisão e objetividade, haja vista que não basta apenas dispormos de um acervo lexical amplo, pois isso seria insuficiente. A verdade é que precisamos aliar tal habilidade à outra, não menos relevante que a primeira: a capacidade de organizarmos as palavras, sempre tendo em vista que elas estabelecem entre si uma relação de dependência. Assim, quando justapostas de forma adequada, estabelecer-se-ão os critérios relacionados à coesão e coerência – fatores imprescindíveis ao entendimento da mensagem.

Sobressaindo entre essas relações de dependência estão aquelas que se demarcam entre o verbo e o sujeito que, na maioria das vezes, concordam entre si. Contudo, em se tratando dos postulados gramaticais, indiscutível é afirmar que existem aqueles casos específicos, nos quais aquilo que se concebe como uma regra pode até se tornar uma pequena exceção e por aí vai. Partindo desse princípio, sobretudo em função dessa realidade linguística, é que dispomo-nos em levar até você as especificidades relacionadas à concordância verbal, mais precisamente aquelas que se restringem aos casos de sujeito composto.    Assim, ei-las:

# Nos casos em que o sujeito aparece anteposto ao verbo, esse (o verbo) permanecerá sempre no plural:

A professora e os alunos visitaram a feira de exposições.

# Nos casos em que o sujeito aparece posposto ao verbo, esse tanto pode concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer no plural:

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Visitaram a feira de exposições a professora e os alunos.

Visitou a feira de exposições a professora e os alunos.

# No caso de haver sujeito constituído de pessoas gramaticais distintas, o verbo, necessariamente, deverá permanecer no plural, obedecendo a dois critérios básicos:

- Caso haja a primeira pessoa, essa prevalecerá sobre todas as outras:

Eu, tu e ele comparecemos à reunião no dia e horário combinados.

- No caso de haver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar-se na 2ª ou na 3ª pessoa:

Tu e ele sois meus convidados de honra nesta noite.

Tu e ele são meus convidados de honra nesta noite.

# Nos casos manifestados por sujeito simples, porém constituído por mais de um núcleo, o verbo, necessariamente, deverá permanecer no singular:

Meu confidente e companheiro de todas as horas merece toda minha consideração.

# No caso de haver sujeito composto constituído de palavras sinônimas ou ordenado em gradação, o verbo tanto pode permanecer no singular quanto ir para o  plural:

O desespero, os gritos, a correria de um lado a outro incomodaram os moradores.

O desespero, os gritos, a correria de um lado a outro incomodou os moradores.

Aproveite para conferir as nossas videoaulas relacionadas ao assunto:

Por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

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